Quotas
Contribuição para reflectir sobre a alteração do VALOR ANUAL DA QUOTA MÍNIMA

Alguns sócios têm mostrado a sua discordância pelo valor reconhecidamente baixo das quotas anuais e pretendem vê-lo aumentado. Advogam que desta forma se põe em causa a sustentabilidade do Núcleo.

2. À argumentação anterior deve ser respondido que de uma forma agregada o Núcleo tem vivido de forma sustentada e não é expectável que esteja em risco a sua sobrevivência, nem qualquer tipo de endividamento. Numa perspectiva contabilistica, basta apenas verificar que um sócio que pague uma quota anual de dez Euros, apenas pagaria metade do preço do almoço anual que é o acontecimento de maiores custos na vida do Núcleo, pelo que se outras iniciativas não houver, o Núcleo não conseguirá viver apenas das quotas.

Assim, para o actual nível de actividade, verifica-se que de facto, de uma forma agregada, a sustentabilidade do Núcleo não está em risco. É garantida pelas quotas e pelas iniciativas que ao longo do ano os Corpos gerentes levam a efeito, e porque ao referido almoço não têm ido (e não se prevê que o façam) todos os que pagam quotas, havendo assim uma redistribuição dos fluxos financeiros. Acrescente-se que mais de metade dos sócios, de forma voluntária, pagam quota superior ao mínimo estabelecido.

3. O valor mínimo está vertido nos estatutos e está fixado no valor de 200 ESC. (1 euro). Fica por saber se para a sua alteração é necessário alterar os estatutos ou se uma votação feita numa Assembleia Geral (AG) será suficiente e legítima e ao sê-lo, qual o nível de representatividade a exigir.

As últimas alterações feitas aos estatutos foram uma experiência nada agradável e a actual Direcção se for este o único caminho, não procederá a alterações futuras com entusiasmo.

4. Nesta reflexão sugiro desde já que sejam levados em consideração os seguintes conceitos, no sentido de fixar o valor mínimo.

A-Da natureza:
Sendo esta associação uma associação “sui géneris” ie um núcleo de amigos, que tem como principal objectivo “o incrementar o intercâmbio humano”, será animador excluir alguém por via do valor da quota? Numa altura em que a austeridade exige mais aos que menos têm?

b)-Do modus operandi:
Há pessoas que pagam as quotas de elevado número de familiares. Se o valor subir, não haverá retração de muitos destes sócios?

C)-Das motivações:
Muitos sócios, apenas o são por uma questão de simpatia e bairrismo, o que enriquece o capital humano. Aumentando o valor da quota não afastará muita desta gente?

5. O assunto está agendado para ser levado à próxima AG. Até lá, pede-se aos sócios mais interessados que apresentem contribuições que ajudem à discussão do assunto no sentido de apurar se vale ou não a pena equacionar a alteração da quota mínima estabelecida estatutáriamente.

VoLTAR