LEILÃO
Quando em leilão nos vendem o presente
E nos hipotecam o futuro a sangue frio
Vendendo em saldo a nossa confiança
Procuramos na memória uma semente
De um mês de Abril que em tempos se floriu
Para que nasça um novo cravo de esperança
Porque nos vendem os sonhos a retalho
Vendem com desconto as nossas ilusões
Numa tristefeira da ladra improvisada
E nos exigem mais suor e mais trabalho
Para publicitarem novas promoções
E nos venderem com postas de pescada.
XICO MENDES
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