AOS AFECTOS
Eu amo o Alentejo profundo onde nasci!
Como não amar as origens do meu ser?
Amo os cheiros, os sons da terra onde vivi
Amo as ruas, amo a casa que me viu nascer
Mas no coração há mais espaço para amar
Cabem lá outros afectos e outras emoções
Nativo da planície, gosto também do mar
Não perguntem porquê, não sei razões!
E nesse Alentejo que me sentiu crescer
Nessa terra quente onde nasce o pão
Quando era criança punha-me a pensar
Como seria bonito se eu pudesse ter
Uma janela aberta naquela imensidão
Que me permitisse ao longe ver o mar!
XICO MENDES
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